Uma mulher foi presa no último domingo (02), acusada de atos racistas contra funcionários de uma padaria na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília. Segundo testemunhas, a mulher chegou ao balcão gritando e insultando os funcionários da padaria. Um atendente foi alvo direto dos insultos. Uma das clientes na fila de atendimento, a estudante Érika Silva de Almeida, resolveu filmar o corrido e ela foi denunciada à polícia.
Segundo informações da Polícia Civil, antes de começar a gritar, a mulher teria agredido uma funcionária. A estudante filmou tudo e depois os funcionários e clientes chamaram a polícia, e a mulher foi presa em flagrante. Na delegacia, ela confirmou o racismo e foi encaminhada para a carceragem do Departamento da Polícia Especializada e vai responder por racismo e lesão corporal.
A Polícia não informou por quanto tempo ela pode ficar presa, caso seja condenada, mas a lei 9459/97 estabelece que o racismo é crime inafiançável e imprescritível. A pena pode ser a reclusão de até cinco anos e multa.
Segundo a assessoria da padaria, durante a discussão, a mulher disse à vendedora que já havia trabalhado com negros e que sabia que eles eram “acostumados a roubar”. “Você é um negro se fazendo de coitadinho”, disse a mulher a um dos funcionários. Outros atendentes tentaram falar com a mulher, mas ela continuou gritando e ofendendo os atendentes. “Seus neguinhos. Quando eu vier aqui você procura me tratar logo e bem, porque você é um negro se fazendo de coitadinho”, disse ela.
Fonte: www.pragmatismopolitico
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