O uso das drogas no início se encaixa como uma meia no pé, gerando um prazer momentâneo, mas com o passar do tempo, sinais vão surgindo pelo corpo. Os cabelos já não são os mesmos. A fisionomia muda de cor. As bochechas desaparecem. Os dentes caem. A pele se entrega às manchas, olheiras, rugas, machucados. O brilho se ausenta completamente dos olhos. Muitos se aprisionam ao vício. Quem não está usando está vendendo. Ou usando e vendendo.
Esses são uns dos poucos efeitos sociais e físicos identificados pelo uso de drogas, principalmente maconha, cocaína, heroína, crack e metanfetamina. No Brasil, a maconha é a droga mais difundida, consumida por cerca de 80% dos usuários que fumam o produto, 5% da população adulta. Os dados são da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Quando um indivíduo torna-se dependente das drogas, principalmente o crack, não é só a vida dele que é afetada. Mas também da família, amigos e todos que estão a sua volta. São essas pessoas que vão vivenciar e sofrer os graves efeitos da dependência.
O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi divulgado na quarta-feira (5). O estudo mostra que o país responde hoje por 20% do mercado mundial da droga.
Ao todo, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína ou derivados ao longo da vida. Entre esse grupo, 2 milhões fumaram crack, óxi ou merla alguma vez e 1 milhão foram usuários de alguma dessas três drogas no último ano.
Destes usuários constantes, 78% aspiraram o pó, 5% fumaram derivados e 17% usaram as duas formas. Além disso, 27% fizeram uso diário ou superior a duas vezes por semana, e 14% admitiram já ter injetado a droga na veia em alguma ocasião.
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